Resumo
- Facção buscava controlar rotas do tráfico no interior de SP, em disputa direta com o PCC.
- Nove pessoas foram presas, incluindo PM e GCMs; armas, drogas e dinheiro foram apreendidos.
- Grupo é suspeito de tráfico, homicídios encomendados e corrupção; investigações continuam.
Uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta segunda-feira (5) prendeu nove pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa ligada ao Comando Vermelho (CV), que buscava expandir sua atuação na chamada Rota Caipira, corredor estratégico para o tráfico de drogas e armas no interior de São Paulo.
Entre os presos estão um policial militar e um guarda civil municipal de Araras. Outro GCM da cidade segue foragido. A operação, batizada de Hitman, teve como objetivo desarticular o grupo, que atuava em disputa direta com o PCC pelo controle de rotas ilícitas.
Foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em Limeira, Araras, Leme e também em Gramado (RS), onde um dos suspeitos foi localizado em um hotel e encaminhado ao presídio de Canela.
Durante a ação, a polícia apreendeu:
– R$ 16 mil em espécie
– 2,5 kg de cocaína
– 449g de maconha
– 3 armas de fogo e 75 munições
– 14 celulares e outros materiais
Segundo a investigação, o grupo criminoso — composto por traficantes, agentes de segurança pública e intermediários — está envolvido em crimes como tráfico de drogas e armas, homicídios por encomenda, corrupção, roubo e adulteração de veículos.
O objetivo da facção era alterar o “domínio geocriminal” da região, enfraquecendo o PCC e fortalecendo a presença do Comando Vermelho. O grupo teria realizado emboscadas com armamento pesado e contratado assassinos de aluguel para eliminar rivais.
A ação ganhou força após o roubo de um arsenal em Araras, fato que acelerou o avanço das investigações conduzidas pela DIG de Limeira, que segue à frente do caso. Novas prisões não estão descartadas.